Desafios e oportunidades: O papel do Brasil no contexto global dos Brics
Especialistas alertam para o risco dos Brics se tornarem uma aliança anti-Ocidente
Estudiosos ouvidos pelo g1 afirmam que, em um contexto global cada vez mais acirrado, os Brics correm o risco de serem vistos como uma aliança anti-Ocidente pelas grandes potências. Isso representa um desafio para o papel do Brasil, que tradicionalmente mantém alianças com lideranças ocidentais.
Com a presença de líderes como Xi Jinping, da China, e Vladimir Putin, da Rússia, o grupo dos Brics tem se destacado no cenário internacional. No entanto, a postura desses países, especialmente em relação a questões como a invasão russa à Ucrânia, tem gerado preocupações sobre a direção que o bloco está tomando.
Para o Brasil, que enxerga nos Brics um importante instrumento para uma nova governança global, a situação representa um desafio. O país ainda depende de suas alianças com potências ocidentais, o que pode ser comprometido pela associação com países como Rússia e China.
A recente expansão do grupo, com a adesão de países autoritários como Irã, Egito e Arábia Saudita, levanta questionamentos sobre os reais objetivos dos Brics. A entrada de novos membros pode diminuir a operabilidade do bloco e gerar conflitos internos.
Com o Brasil prestes a assumir a presidência do Brics no próximo ano, o país terá que lidar com essas questões e buscar um equilíbrio entre suas relações com o Ocidente e sua participação no grupo. O desafio será grande, mas o governo brasileiro terá que encontrar uma abordagem construtiva para manter sua posição no tabuleiro internacional.