Boeing cortará 17 mil empregos e atrasará entrega do 777X em um ano, diz CEO Kelly Ortberg
A fabricante de aeronaves Boeing enfrenta desafios significativos, com a notícia de que irá cortar 17 mil empregos, o que representa 10% de sua força de trabalho global. O CEO da empresa, Kelly Ortberg, anunciou que a primeira entrega do modelo Boeing 777X será atrasada em um ano devido à greve de trabalhadores que já dura um mês.
A greve de 33 mil trabalhadores na costa oeste dos EUA tem afetado a produção dos jatos 737 MAX, 767 e 777, levando a empresa a redefinir seus níveis de mão de obra para se alinhar com sua realidade financeira. A Boeing também enfrenta desafios com a certificação do 777X, o que tem atrasado o lançamento do avião.
Apesar dos desafios de curto prazo, Ortberg afirmou que a Boeing está tomando decisões estratégicas importantes para o futuro da empresa e tem uma visão clara do trabalho que precisa ser feito para restaurar sua posição no mercado. A empresa divulgará seus resultados financeiros do terceiro trimestre em 23 de outubro, com previsão de receita de US$ 17,8 bilhões e perda por ação de US$ 9,97.
A Boeing também anunciou que encerrará seu programa de cargueiros 767 em 2027, mas a produção do KC-46A Tanker continuará. Chegar a um acordo para encerrar a greve de trabalho é crucial para a empresa, que está enfrentando perdas significativas devido à paralisação. A agência de classificação S&P estimou que a greve está custando à empresa US$ 1 bilhão por mês e que ela corre o risco de perder sua classificação de crédito de grau de investimento.
A situação da Boeing é um reflexo dos desafios enfrentados pela indústria aeroespacial em meio à pandemia e às incertezas econômicas globais. A empresa está buscando se adaptar a essas mudanças e garantir sua posição no mercado, apesar dos obstáculos que enfrenta.