Governo avalia possível retorno do horário de verão em 2024, segundo ministro de Minas e Energia
Governo pode adotar horário de verão em 2024, segundo ministro de Minas e Energia
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o horário de verão só deve retornar em 2024 se for considerado “imprescindível”. A decisão final sobre o assunto deve ser tomada até a próxima semana, de acordo com o ministro.
Em entrevista à imprensa, Silveira destacou a importância de analisar as perspectivas para o período chuvoso, que se inicia no final do ano. Ele ressaltou que, se as chuvas forem suficientes para recompor o sistema elétrico, o horário de verão pode não ser decretado neste ano.
A possível economia de R$ 400 milhões com a adoção do horário de verão em 2024 foi destacada em um estudo do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Além disso, a medida poderia aumentar para R$ 1,8 bilhão por ano a partir de 2026.
O horário de verão, que passou a ser adotado anualmente a partir de 1985, tem como objetivo promover uma economia no consumo de energia. No entanto, a eficácia da medida foi questionada ao longo dos anos, levando à suspensão pelo presidente Jair Bolsonaro em 2019.
A possível volta do horário de verão em 2024 não seria apenas para economizar energia, mas também para aproveitar melhor a geração de energia solar e eólica, reduzindo o acionamento de termelétricas mais caras e poluentes. A mudança nos relógios poderia ajustar os padrões de consumo aos momentos de maior geração dessas fontes de energia, que são mais baratas.
A decisão final sobre a adoção do horário de verão em 2024 caberá ao presidente Lula, que deve considerar os impactos econômicos e ambientais da medida.