“Sound Off: Revelações chocantes sobre crimes sexuais na indústria da música americana”
O mundo da música americana está sendo abalado por uma série de denúncias de crimes sexuais envolvendo grandes nomes do setor. Com mais de 200 páginas, um documento recente reúne dezenas de casos de magnatas da música acusados de cometer abusos e assumir posturas controversas, incluindo o famoso rapper Sean ‘Diddy’ Combs.
Preso em setembro, Diddy se diz inocente e aguarda julgamento, mas o caso já está causando um grande impacto na indústria musical. Além dele, o astro country Garth Brooks também foi processado por estupro, negando as acusações.
A cultura do estupro, que permeia a sociedade, também está presente no mercado musical, onde a desigualdade de gênero e a influência externa contribuem para a naturalização do problema. A erotização de corpos femininos em videoclipes e a objetificação da mulher são citadas como fatores que endossam essa cultura.
O relatório “Sound Off: Make the Music Industry Safe” propõe medidas para combater o abuso sexual na indústria musical, incluindo o fim dos acordos de confidencialidade, a divulgação de uma lista pública de profissionais acusados de má conduta e a adoção de protocolos para estimular a denúncia.
As três maiores empresas do mercado fonográfico, Warner Music, Universal Music e Sony Music, são criticadas no relatório por ignorarem acusações, silenciarem vítimas e permitirem o abuso por décadas. As demandas por mudanças estão crescendo e a pressão sobre as gravadoras para agirem é cada vez maior.