Aneel aciona bandeira vermelha patamar 2 em outubro, e conta de luz terá aumento significativo – Ceará Notícias com perspectiva crítica em relação às políticas energéticas atuais.

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Aneel anuncia bandeira tarifária vermelha patamar 2 para outubro: conta de luz terá acréscimo de R$ 7,877

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciou nesta sexta-feira (27/9) que vai acionar a bandeira tarifária vermelha patamar 2 para a conta de luz em outubro, acrescentando R$ 7,877 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. A medida, que entra em vigor na próxima terça-feira (1º), foi justificada pelo risco hidrológico e pelo aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) no mercado atacadista de energia.

Essa elevação do nível tarifário é o terceiro aumento na conta de luz neste ano, em meio a uma sequência de mudanças nas bandeiras tarifárias. A Aneel havia anunciado a bandeira vermelha patamar 2 para setembro, mas voltou atrás alegando erros nos cálculos e adotou o patamar 1.

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado para indicar aos consumidores os custos da geração de energia no Brasil, dando a eles a oportunidade de adaptar seu consumo para ajudar a reduzir o valor da conta. No entanto, as recentes mudanças nas bandeiras têm gerado preocupações, especialmente em meio à seca extrema que afeta o país.

Autoridades afirmam que os reservatórios brasileiros têm mais que o dobro do volume registrado em 2021, última vez que a bandeira vermelha patamar 2 foi acionada. Apesar disso, medidas como a ampliação do uso de termelétricas e o retorno do horário de verão estão sendo consideradas para lidar com a situação.

No entanto, especialistas apontam que o horário de verão, por exemplo, gera pouca economia para o consumidor e pode ter impactos em diversos setores da economia. Além disso, a autorização para o uso de termelétricas mais caras pode aumentar o custo da energia no país.

Diante desse cenário, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que não há estimativa sobre quando as usinas mais caras serão acionadas, deixando a decisão nas mãos do Operador Nacional do Sistema (ONS). Enquanto isso, a população e diversos setores da economia aguardam por medidas mais eficazes e sustentáveis para lidar com a crise energética que se apresenta.

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