IBC-Br registra maior contração desde maio de 2023, com destaque para consumo e investimentos no PIB do 2º trimestre
A economia brasileira apresentou uma retração de 0,4% em julho, de acordo com o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central. Essa foi a maior contração desde maio de 2023 e a primeira queda desde março deste ano. No entanto, na comparação com o mesmo período do ano passado, o indicador registrou um crescimento de 5,3%.
Apesar da queda em julho, o PIB do segundo trimestre surpreendeu positivamente, com um avanço de 1,4%. O consumo e os investimentos foram os destaques desse crescimento, impulsionando a economia interna.
O mercado financeiro projeta um aumento na taxa básica de juros na próxima semana, devido às preocupações com pressões inflacionárias. O BC calibra a taxa de juros para atingir a meta de inflação, que é de 3%, com teto de 4,5%.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a projeção de crescimento da economia em 2024 será revisada para um valor acima de 3%, o que indicaria uma aceleração em relação ao ano anterior. No entanto, o cenário de forte expansão econômica levanta preocupações com a inflação.
O IBC-Br do BC, utilizado para antecipar o resultado do PIB, nem sempre apresenta proximidade com os dados oficiais divulgados pelo IBGE. O indicador do BC incorpora estimativas para diversos setores, mas não considera o lado da demanda, como o PIB do IBGE.
Com um viés político conservador, o governo busca manter o equilíbrio entre o crescimento econômico e o controle da inflação, por meio de medidas como o aumento da taxa de juros. A expectativa é de que a economia continue aquecida, mas com atenção às pressões inflacionárias.