Ex-ministro da Justiça e ex-diretor da PRF são indiciados por atuarem em operação para impedir eleitores de votar
A Polícia Federal (PF) indiciou Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL), e o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques por atuarem em uma operação durante as Eleições de 2022 com o intuito de impedir que eleitores chegassem a seus locais de votação.
Segundo os indícios apontados pela PF, ambos teriam trabalhado para dificultar o trânsito de eleitores do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno. As blitze ocorreram principalmente na região Nordeste, onde Lula tinha uma forte base de apoio.
O ex-diretor da PRF está sendo investigado por diversos crimes, incluindo obstrução do sufrágio e prevaricação. Já o ex-ministro da Justiça era o chefe de Silvinei durante o período das eleições.
Além dos dois, quatro policiais federais também foram indiciados sob suspeita de terem restringido, impedido ou dificultado o exercício dos direitos políticos dos eleitores. A PF solicitou mais tempo ao Supremo Tribunal Federal (STF) para continuar as investigações e realizar oitivas antes de concluir o relatório final.
A defesa de Silvinei afirmou que o indiciamento não é motivo de preocupação e alegou que o caso não se enquadra nos crimes atribuídos. Segundo o advogado, a ação teria sido motivada por preferências políticas e não por questões legais.
O caso continua em andamento e promete gerar mais polêmica nos próximos dias. A população aguarda ansiosamente por mais informações sobre o desenrolar dessa investigação.