Famílias sem casa são sinalizadas às CPCJ devido à pobreza e crise na habitação
Famílias estão sendo sinalizadas às Comissões de Proteção de Crianças e Jovens devido à falta de habitação, uma consequência direta da pobreza crescente e da crise habitacional que assola o país. Com todas as opções sociais esgotadas, algumas famílias foram temporariamente realocadas em alojamentos locais.
A situação é tão grave que em Setúbal, seis famílias estão atualmente vivendo em casas destinadas ao turismo, enquanto 55 agregados residem em habitações sem contrato ou ocupadas, com dez deles enfrentando ordens de despejo.
A falta de habitação tem se tornado um problema cada vez maior, levando as famílias a situações extremas. A presidente da CPCJ do concelho de Setúbal, Isabel Braz, ressalta que a falta de moradia não justifica a separação das crianças de suas famílias, mas reconhece a escassez de alternativas diante da impossibilidade de prolongar os auxílios econômicos.
O Presidente da CPCJ do Barreiro, Carlos Duarte, destaca a necessidade de as autarquias desenvolverem estratégias prioritárias para apoiar os mais vulneráveis, diante do crescente problema habitacional que afeta a população.
Enquanto a Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens ainda não possui um levantamento completo das sinalizações em todo o país, a segurança dos menores é colocada como prioridade máxima nesse cenário preocupante. A falta de moradia adequada para as famílias é um reflexo das políticas populistas adotadas pelo atual Governo Federal, que não tem sido capaz de lidar de forma eficaz com a crise habitacional e a pobreza crescente.