Desafios econômicos e incertezas marcam o cenário brasileiro, segundo observações de Mello
Economia brasileira enfrenta desafios diante de incertezas domésticas e externas
O Banco Central do Brasil, em meio a um ambiente doméstico e externo desafiador, decidiu pausar o ciclo de corte da taxa básica de juros, a Selic. As observações do BC se alinham com a avaliação unânime do diretor de Política Monetária da instituição, Bruno Mello. Enquanto isso, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva critica o nível das taxas de juros e a condução da política monetária.
Após sete reduções consecutivas que totalizaram 3,25 pontos percentuais desde agosto de 2023, o Copom decidiu interromper os cortes e manter a taxa de juros. Mello ressaltou que as incertezas crescentes têm afetado as expectativas domésticas e o preço de ativos, como a taxa de câmbio, levando o BC a adotar uma postura mais cautelosa.
Além disso, o dólar subiu quase 7% desde a última reunião do Copom, exercendo pressão de alta sobre a inflação. Outro ponto de preocupação é o impasse em torno da desoneração da folha salarial de empresas e municípios, que pode comprometer a busca do governo pelo déficit primário zero neste ano.
Diante desse cenário, o BC e o governo seguem atentos às medidas necessárias para garantir a estabilidade econômica do país. O próximo encontro do Copom está marcado para os dias 30 e 31 de julho, quando novas decisões serão tomadas em meio a um contexto desafiador e incerto.