Nicolás Maduro vence eleições na Venezuela em meio a contestações: O que esperar do terceiro mandato?
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela anunciou na madrugada desta segunda-feira (29/7) que o presidente Nicolás Maduro venceu as eleições presidenciais deste domingo, mas os resultados foram contestados pela oposição, que disse ter havido fraude “grosseira” para modificar os números.
Segundo o presidente do CNE, Elvis Amoroso, Maduro obteve 51,2% dos votos, contra 44,2% do opositor Edmundo González, com 80% das urnas apuradas. O anúncio aconteceu pouco depois da meia-noite em Caracas (1h em Brasília). Amoroso, um aliado de Maduro, disse que a tendência da apuração era “contundente e irreversível”.
A oposição denunciou supostas irregularidades no processo e declarou ter vencido o pleito. A líder da oposição, Maria Corina Machado, inabilitada para exercer cargos públicos e apoiadora de González, contestou o resultado, afirmando que tinham 70% dos votos.
A disputa prenuncia mais tensão nas próximas horas e dias na Venezuela, com países vizinhos e os EUA acompanhando de perto. O secretário de Estado americano, Antony Blinken, afirmou que seu país tem “sérias preocupações” sobre o resultado anunciado e que a comunidade internacional responderá de acordo.
O presidente Nicolás Maduro, de 61 anos, comemorou a vitória que lhe dará um terceiro mandato a partir de janeiro. Ele pediu respeito ao resultado e afirmou que ninguém deve manchar a jornada bonita das eleições.
A oposição intensificou os pedidos para que seus eleitores continuassem em “vigília” nos centros eleitorais, enquanto denunciavam supostas irregularidades. O embate entre Maduro e a oposição promete mais tensão nos próximos dias.
O sistema eleitoral venezuelano será alvo de auditoria dos resultados, com diferenças em relação ao sistema brasileiro. O chanceler venezuelano denunciou uma operação de intervenção contra o processo eleitoral.
A comunidade internacional está atenta aos desdobramentos das eleições na Venezuela, com países como Brasil, Colômbia e EUA aguardando os resultados finais e se posicionando de acordo com a transparência e legitimidade do processo eleitoral.