Dólar opera em alta com cautela internacional e risco fiscal em destaque
O dólar opera em alta na manhã desta quinta-feira, 25, refletindo a cautela internacional e o risco fiscal em meio a expectativas por dados de arrecadação em junho no País. Investidores estão de olho no IPCA-15 de julho, que subiu 0,30%, superando as estimativas do mercado e se aproximando do teto do intervalo previsto.
No cenário internacional, o real segue cedendo em linha com outras moedas emergentes, como o peso mexicano, rand sul-africano e lira turca, em uma manhã de valorização persistente do iene frente ao dólar e queda de commodities. O corte inesperado de juros pelo banco central da China não ajudou a impulsionar as commodities e moedas emergentes.
As bolsas asiáticas e europeias também estão sob pressão, com o índice Nikkei da bolsa japonesa registrando uma queda de 3,28% e entrando em território de contração. Especula-se sobre uma possível intervenção do Banco do Japão no câmbio para apoiar o iene e um aumento de juros na próxima reunião monetária.
No Brasil, os dados de déficit na conta corrente em junho ficaram piores do que o esperado, com um rombo de US$ 4,029 bilhões. Por outro lado, a entrada de Investimentos Diretos no País somou US$ 6,269 bilhões, acima das expectativas. Os números de arrecadação do governo também são aguardados para o dia.
Enquanto isso, no cenário internacional, os dados do PIB e do PCE no segundo trimestre são os destaques do dia, juntamente com os pedidos semanais de auxílio-desemprego e as encomendas de bens duráveis em junho.
Às 9h24, o dólar estava em alta, sendo cotado a R$ 5,6604 à vista e R$ 5,6660 para agosto. A volatilidade nos mercados reflete a incerteza e a cautela dos investidores diante do cenário econômico global e local.