“Eleições na Venezuela: Oportunidade histórica para mudança ou continuidade do chavismo?”
O clima de incerteza toma conta da Venezuela neste domingo (28) com a realização da eleição presidencial, onde a oposição vê chances reais de derrotar o chavismo pela primeira vez em muitos anos. Com cerca de 21 milhões de venezuelanos aptos a votar, a possibilidade de encerrar um ciclo de 25 anos iniciado por Hugo Chávez e continuado por Nicolás Maduro está mais próxima.
Aos 61 anos, Maduro busca o terceiro mandato, enfrentando uma impopularidade crescente devido à crise econômica e social que assola o país. A derrocada do preço do petróleo, a corrupção e a má gestão econômica levaram a Venezuela a uma situação crítica, com jovens desistindo dos estudos, crianças passando fome e milhões emigrando em busca de melhores condições de vida.
A oposição, que se uniu em torno do candidato Edmundo González, ex-diplomata de 74 anos, enfrenta desafios em um cenário onde o Conselho Nacional Eleitoral, controlado por Maduro, levanta dúvidas sobre a transparência do processo eleitoral. Apesar disso, González atraiu um apoio significativo e lidera as pesquisas independentes.
A expectativa é que os resultados sejam divulgados entre a noite de domingo e a madrugada de segunda-feira, com os militares, apoiadores de Maduro, prometendo respeitar o veredito das urnas. Uma possível vitória da oposição representaria um marco histórico para a Venezuela, mas exigiria uma transição cuidadosa e apoio internacional para garantir uma governança inclusiva e transparente.