Ministério da Saúde amplia estratégia de combate ao Aedes aegypti em política nacional
Ministério da Saúde amplia estratégia de combate ao mosquito Aedes aegypti em todo o país
O Ministério da Saúde anunciou a ampliação da estratégia desenvolvida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya. A medida, que consiste na utilização de estações disseminadoras de larvicidas (EDLs), tem como objetivo reduzir as populações do inseto, principalmente em áreas urbanas.
As EDLs são potes com água parada que atraem as fêmeas do mosquito em busca de um local para depositar seus ovos. No entanto, antes de alcançarem a água, as fêmeas entram em contato com um tecido impregnado com larvicida piriproxifeno, que adere ao seu corpo. Assim, ao voarem para outros criadouros, elas levam o larvicida consigo, afetando o desenvolvimento dos ovos e larvas.
A estratégia será implementada em 15 cidades inicialmente, selecionadas com base em critérios como alta infestação de Aedes aegypti e notificação de casos das arboviroses nos últimos anos. O processo envolve a manifestação de interesse dos municípios, assinatura de acordo de cooperação técnica, validação da estratégia com as secretarias de saúde estaduais, capacitação dos agentes locais e monitoramento da implementação.
Os pesquisadores destacam que essa abordagem é eficaz para alcançar criadouros em locais de difícil acesso, como imóveis fechados e áreas de urbanização precária. Além disso, as EDLs são uma alternativa viável para locais como galpões de reciclagem, onde recipientes com água parada podem passar despercebidos.
Com a transformação da estratégia em política pública nacional, espera-se que o combate ao Aedes aegypti seja mais eficiente e abrangente, contribuindo para a redução das doenças transmitidas pelo mosquito.