Ex-CEO da Abercrombie & Fitch e parceiro enfrentam acusações de tráfico sexual e exploração de pessoas

Ex-CEO da marca de roupas Abercrombie & Fitch (A&F) e seu parceiro britânico foram presos e estão enfrentando acusações de tráfico de pessoas para exploração sexual. Mike Jeffries, seu parceiro Matthew Smith e o suposto “agente intermediário” — James Jacobson — do casal foram presos nos EUA na manhã de terça-feira (22/10).

Os promotores federais alegam que eles usaram força, fraude e coerção para se envolver em atos sexuais “violentos”. Jeffries e seu parceiro já haviam negado em outras ocasiões qualquer irregularidade, mas agora estão enfrentando as consequências de suas ações.

Segundo as investigações, Jeffries e Smith teriam empregado Jacobson para recrutar e conduzir testes com homens de diversas partes do mundo, pagando-os por atos sexuais. As vítimas relataram ter sido levadas à mansão de Jeffries em Nova York, onde eram pressionadas a consumir álcool, Viagra e relaxantes musculares antes de participar de atividades sexuais.

A operação envolvia uma rede sofisticada de recrutadores e um grande investimento financeiro para manter tudo em segredo. A ação também acusou a Abercrombie & Fitch de financiar a operação de tráfico sexual liderada por seu ex-CEO ao longo das duas décadas em que ele esteve no comando.

As prisões desta semana foram um “primeiro passo” para obter justiça para as muitas vítimas que foram exploradas e abusadas por meio desse esquema de tráfico sexual. A investigação da BBC foi fundamental para expor essas práticas e levar os responsáveis à justiça.

A marca Abercrombie & Fitch está enfrentando críticas e processos legais por seu suposto envolvimento no caso. A empresa alega não ter conhecimento das atividades ilegais de seu ex-CEO, mas está sendo pressionada a prestar contas por suas ações.

O caso chocou o mundo da moda e levantou questões sobre a ética e responsabilidade das grandes empresas em relação às práticas de seus executivos. A justiça está sendo feita, e as vítimas estão finalmente vendo os responsáveis sendo responsabilizados por seus atos.