Comitê recomenda volta do horário de verão em 2025 para dessincronizar pico de consumo de energia, diz ministro Silveira
Comitê recomenda volta do horário de verão, mas ministro de Minas e Energia descarta para este ano
O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) recomendou a volta do horário de verão para ajudar a dessincronizar o pico do consumo de energia em alguns estados. No entanto, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, descartou a medida para este ano, afirmando que a segurança energética está assegurada e que o cenário das chuvas melhorou.
Silveira declarou que a decisão de não adotar o horário de verão em 2024 foi tomada após uma reunião com o Operador Nacional do Setor Elétrico (ONS). Ele ressaltou que a política do horário de verão deve ser avaliada de forma precisa, levando em consideração os reflexos positivos e negativos no setor elétrico e na economia.
Apesar da recomendação do CMSE, a pasta de Minas e Energia avalia que houve uma melhora no cenário das chuvas e dos reservatórios de hidrelétricas, o que evitou a necessidade de adiantar os relógios ainda em 2024. A medida só poderia ser implementada em novembro deste ano, o que impediria o aproveitamento do pico de custo-benefício da medida.
A discussão sobre a volta do horário de verão vem à tona em meio a um cenário de crise energética e busca por alternativas para garantir o abastecimento de energia no país. A medida, que visa aumentar o aproveitamento das fontes de energia solar e eólica, tem sido debatida como uma forma de reduzir a demanda máxima e evitar o acionamento de termelétricas mais caras e poluentes.
A decisão final sobre a retomada do horário de verão será avaliada nos próximos meses, com a possibilidade de implementação a partir de 2025. Enquanto isso, o governo segue monitorando o cenário energético e buscando soluções para garantir a estabilidade do sistema elétrico no país.