Inclusão digital na terceira idade: desafios e oportunidades no mundo tecnológico
O avanço da tecnologia e a necessidade de inclusão digital estão cada vez mais evidentes, especialmente entre as gerações mais velhas. Segundo José Raphael Bokehi, professor titular do Instituto de Computação da Universidade Federal Fluminense, há um hiato entre as gerações quando se trata do uso da internet. Enquanto 90% das pessoas entre 45 e 59 anos utilizam a internet, apenas 59% dos indivíduos com 60 anos ou mais estão conectados.
Essa disparidade pode trazer consequências negativas, como o aumento dos riscos de invasão de privacidade, contato com códigos maliciosos, golpes e vazamento de dados. É fundamental que os idosos adquiram não apenas a alfabetização digital, mas também o letramento digital, ou seja, a capacidade de incorporar práticas digitais de forma eficaz e segura.
Com a expansão da telemedicina e a disponibilidade de serviços governamentais em aplicativos, a inclusão digital se torna ainda mais crucial para o pleno exercício da cidadania. No entanto, as barreiras como problemas de visão, destreza manual e falta de confiança podem dificultar o acesso dos idosos às ferramentas digitais.
Diante desse cenário, programas de capacitação, cursos e oficinas voltados para os idosos, além de dispositivos com teclas maiores e assistentes de voz, são essenciais para promover a inclusão digital e garantir que essa parcela da população não fique para trás. A pandemia acelerou o processo de adoção da telemedicina, tornando ainda mais urgente a necessidade de capacitar os idosos para o uso das tecnologias digitais.
Portanto, é fundamental que a sociedade e as autoridades se mobilizem para garantir que todos tenham acesso e conhecimento suficiente para utilizar as ferramentas digitais de forma segura e eficaz, promovendo assim a inclusão digital e o envelhecimento ativo.