Inflação oficial acelera para 0,44% em setembro, ministro da Fazenda classifica alta como “temporária” devido a questões climáticas.
A inflação oficial do país acelerou para 0,44% em setembro, atingindo um total de 4,42% nos últimos 12 meses, o que coloca a taxa mais próxima do teto do sistema de metas estabelecido para este ano, que é de 4,5%. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, atribuiu esse aumento temporário da inflação a questões climáticas que impactaram os preços da energia e dos alimentos.
Haddad ressaltou que a alta da inflação está relacionada a um “choque de oferta” causado pela seca, o que gerou pressões inflacionárias momentâneas. No entanto, o ministro enfatizou que essa situação é temporária e que, em breve, com a chegada das chuvas, os preços devem se normalizar.
Apesar do aumento da inflação, Haddad pediu cautela ao Banco Central na definição dos juros básicos, destacando que a questão climática não pode ser revertida por meio da política monetária. O mercado, por sua vez, prevê um aumento da taxa Selic nas próximas reuniões, com projeções de encerrar o ano em 11,75%.
É importante ressaltar que as decisões sobre a taxa de juros levam tempo para terem impacto na economia, e o BC já está mirando na inflação até meados de 2026. As projeções do BC e do mercado estão acima das metas de inflação fixadas para os próximos anos, o que indica um desafio para manter a estabilidade dos preços.
Diante desse cenário, é fundamental que o governo e o Banco Central atuem de forma coordenada para garantir a estabilidade econômica e evitar pressões inflacionárias excessivas. A situação atual requer análises técnicas e medidas adequadas para enfrentar os desafios econômicos e climáticos que impactam a inflação do país.