Aprovação polêmica: Aneel autoriza venda da Amazonas Energia aos irmãos Batista em meio a reviravoltas
A venda da distribuidora Amazonas Energia para o grupo J&F, dos irmãos Batista, teve uma sequência de reviravoltas nas últimas semanas, com decisões controversas e impacto direto nos consumidores. A transação, aprovada de forma monocrática pelo diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, implica custos de R$ 14 bilhões que serão repassados às contas de luz.
A Âmbar Energia, empresa do grupo J&F que adquirirá a distribuidora, tenta aproveitar regras de uma medida provisória prestes a caducar para repassar parte dos custos aos consumidores, tornando o negócio mais vantajoso para a empresa. A decisão de Feitosa foi tomada após uma série de disputas judiciais e pressões para que a Aneel aprovasse o último plano submetido pela Âmbar.
A venda da Amazonas Energia para a Âmbar Energia volta a ser feita no modelo mais vantajoso para as empresas, mas mais caro para os consumidores. A medida provisória do governo, que flexibiliza custos e permite a transferência de contratos de usinas termelétricas, perde validade em breve, o que coloca a Âmbar em uma corrida contra o tempo para concluir a transação.
O impasse em torno da venda da distribuidora reflete a crise financeira enfrentada pela Amazonas Energia e a necessidade de garantir a continuidade dos serviços de energia no estado do Amazonas. As decisões tomadas pela Aneel e a pressão judicial evidenciam a complexidade e os interesses envolvidos nesse processo de transferência de controle societário.
Diante de tantas reviravoltas e disputas, a população consumidora de energia elétrica no Amazonas fica no aguardo dos desdobramentos e dos possíveis impactos nas contas de luz. O cenário político e econômico em torno dessa transação continua a gerar debates e questionamentos sobre os rumos do setor energético no país.