Tensão no Oriente Médio faz preço do petróleo disparar: Irã ameaça refinarias e preço do barril ultrapassa US$ 77
O preço do petróleo disparou mais de 5% nesta quinta-feira (3) e a cotação do barril superou os US$ 77, depois que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, mencionou a possibilidade de Israel atacar refinarias de petróleo do Irã.
Nas últimas semanas, os bombardeios de Israel ao Líbano já deixaram quase 2 mil pessoas mortas, e na terça-feira o Irã lançou ataque contra os israelenses em resposta às recentes mortes de chefes do Hezbollah. A tensão no Oriente Médio atingiu um novo patamar, com o Domo de Ferro abatendo mísseis disparados pelo Irã em Ashkelon, em Israel, nesta terça-feira.
Biden foi questionado se apoiaria um ataque israelense às instalações petrolíferas iranianas em conversa com repórteres nesta quinta. “Estamos discutindo isso. Acho que seria um pouco…”, respondeu.
Após a fala do presidente, o preço do barril de petróleo, que já estava em alta, passou a subir ainda mais. No dia, o petróleo tipo Brent avançou 5,18% e o barril fechou negociado a US$ 77,73.
Desde a última sexta-feira (27), a commodity já disparou cerca de 8%, com a intensificação dos conflitos. O Irã, com uma das maiores refinarias de petróleo do mundo, tem um papel crucial na produção e no mercado de petróleo, podendo influenciar diretamente nos preços da commodity.
A escalada do conflito no Oriente Médio levanta preocupações não apenas sobre a tragédia humanitária, mas também sobre a produção e o preço do petróleo. Com o Irã atacando Israel e ameaças de retaliação vindas de diversos lados, o mercado internacional de petróleo se vê em um momento de grande instabilidade.
O papel do Irã como membro da Opep+ e detentor de uma das maiores reservas de petróleo do mundo torna o país uma peça-chave no tabuleiro geopolítico do mercado de petróleo. A possibilidade de novas sanções econômicas e o fechamento do Estreito de Ormuz, uma importante rota de escoamento do petróleo, são fatores que podem impactar significativamente os preços da commodity.
Diante desse cenário tenso e incerto, investidores e analistas estão atentos às movimentações no Oriente Médio e às possíveis consequências para a economia global. A guerra no Oriente Médio não apenas afeta diretamente a região, mas também tem reflexos em todo o mundo, incluindo no Brasil.