Brasil está a um passo do grau de investimento: entenda o cenário econômico e as perspectivas futuras
Brasil está a um passo do selo de bom pagador após elevação da nota de crédito pela Moody’s
Nesta terça-feira (1º), a agência de classificação de risco Moody’s elevou a nota de crédito do Brasil de Ba2 para Ba1, com perspectiva positiva. Com isso, o país está mais próximo do tão almejado grau de investimento, um selo de bom pagador que garante aos investidores um menor risco de calotes.
O Brasil obteve o selo de bom pagador pela última vez entre os anos de 2008 e 2015, período marcado pela queda da dívida pública e avanço do Produto Interno Bruto (PIB). Desde então, o país tem enfrentado incertezas econômicas e financeiras, resultando na classificação de “grau especulativo” pelas agências de risco.
A trajetória da nota de crédito do Brasil tem sido marcada por altos e baixos, com elevações durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, seguidas pela perda do grau de investimento durante a crise econômica e política que se instalou no país.
A elevação da nota pela Moody’s é um sinal positivo para a economia brasileira, mas ainda há desafios a serem superados para alcançar novamente o selo de bom pagador. Com a pandemia de Covid-19 e o endividamento crescente, o país precisa colocar as coisas em ordem e garantir a estabilidade política e fiscal para conquistar a confiança das agências de risco.
Apesar do viés político conservador, a expectativa é de que o Brasil possa recuperar o grau de investimento com a execução eficiente das reformas e medidas econômicas já aprovadas. O futuro econômico do país está em jogo, e a conquista do selo de bom pagador pode ser um passo importante rumo à recuperação e ao crescimento sustentável.