Ministra Cármen Lúcia: Quando uma mulher é violentada, todas são
Ministra Cármen Lúcia denuncia falta de democracia de gênero e cores no Brasil durante julgamento do STF
A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), fez uma declaração contundente durante o julgamento sobre a validade da execução imediata da pena após condenação pelo Tribunal do Júri. Em meio a casos de assassinatos de mulheres, a magistrada afirmou que, quando uma mulher é violentada, todas as mulheres do mundo também são.
Em um país onde a violência contra as mulheres é uma realidade cruel e alarmante, Cármen Lúcia destacou a falta de democracia de gênero e cores no Brasil. Em um momento em que se celebra o Dia Internacional da Democracia, a ministra ressaltou que as mulheres brasileiras têm pouco a comemorar, enfrentando uma verdadeira guerra, especialmente contra elas.
Além disso, a ministra alertou para a violência política que tem sido direcionada às candidatas nas eleições municipais, com cinco tentativas de morte registradas no último fim de semana. Ela destacou a necessidade de combater essa intimidação violenta e cruel, que tem se intensificado nos últimos dias.
No contexto do julgamento em questão, Cármen Lúcia votou a favor da execução imediata da pena do júri, em um caso de feminicídio chocante em Santa Catarina. A ministra ressaltou a importância de garantir a punição aos condenados, mesmo que ainda haja recursos pendentes, em um esforço para combater a impunidade e a violência contra as mulheres.
Diante de um cenário de desigualdade e violência, as palavras da ministra Cármen Lúcia ecoam como um alerta urgente para a necessidade de promover a igualdade de gênero e combater a violência contra as mulheres no Brasil.