Projeções do IBGE indicam que população do Brasil deve começar a diminuir em 2042
A população do Brasil deve começar a diminuir em 2042, de acordo com novas projeções do IBGE divulgadas nesta quinta-feira (22/8). As estimativas indicam que o número de habitantes atingirá o pico de 220,43 milhões em 2041 e, em seguida, começará a encolher. Essa tendência de queda deve se intensificar nas décadas seguintes, levando o contingente para menos de 200 milhões em 2070 (199,2 milhões).
Segundo o IBGE, as projeções foram atualizadas a partir de dados do Censo Demográfico 2022 e da Pesquisa de Pós-Enumeração, levando em consideração informações sobre nascimentos, mortes e migração. O gerente de projeções e estimativas populacionais do IBGE, Marcio Minamiguchi, destacou que a população do Brasil deve crescer a taxas cada vez menores, atingindo o último ano de crescimento em 2041, a partir do qual haverá uma diminuição progressiva.
O instituto também apontou que a taxa de fecundidade no Brasil tem apresentado queda ao longo dos anos, passando de 2,32 filhos por mulher em 2000 para 1,58 em 2022. A expectativa é de que essa taxa continue em declínio até o início dos anos 2040, atingindo o mínimo de 1,44 filho por mulher. A idade média da maternidade também deve aumentar, indicando uma postergação na decisão de ter filhos.
Além disso, as projeções do IBGE apontam para um envelhecimento da população brasileira, com a proporção de pessoas com 60 anos ou mais chegando a quase 38% em 2070. Esse cenário traz desafios e impactos para o país, como pressão nas despesas com previdência e possíveis dificuldades no crescimento econômico devido à redução da força de trabalho.
Diante desse panorama, analistas apontam a necessidade de aumentar a produtividade da mão de obra como uma saída para os desafios demográficos que o Brasil enfrentará. A dinâmica demográfica do país, marcada pela queda na taxa de fecundidade e envelhecimento da população, coloca em xeque a sustentabilidade do sistema previdenciário e a capacidade de crescimento econômico no longo prazo.
