“Autocracia Eleitoral na Venezuela: O Processo de Corrosão da Democracia sob o Regime Chavista”
A Venezuela é considerada por diversos especialistas como uma autocracia eleitoral, onde há um regime autoritário apesar da realização de eleições. O processo de corrosão da democracia no país teve início com Hugo Chávez e foi aprofundado por seu sucessor, Nicolás Maduro. Ao longo dos últimos 25 anos, o regime chavista implementou mudanças que minaram a independência do Judiciário e do Legislativo, sufocaram a oposição, silenciaram a imprensa independente e desencadearam uma grave crise política e socioeconômica.
Desde a eleição de Chávez em 1998, a Venezuela passou por transformações que levaram à concentração de poder no Executivo, ao controle das Forças Armadas, à perseguição de opositores e à violência contra manifestantes. Maduro, sucessor de Chávez, deu continuidade a essas políticas autoritárias, contribuindo para o aprofundamento do colapso econômico do país e para o aumento do êxodo de milhões de venezuelanos.
Apesar das eleições fraudulentas e das tentativas da oposição de promover mudanças no governo, Maduro conseguiu reforçar seu controle sobre as instituições e se manter no poder. A comunidade internacional, que chegou a reconhecer o opositor Juan Guaidó como presidente interino, viu suas tentativas de isolar Maduro e promover uma mudança de governo fracassarem.
A Venezuela, rica em petróleo, enfrenta atualmente uma crise humanitária sem precedentes, com milhões de venezuelanos sofrendo com a escassez de alimentos, medicamentos e serviços básicos. A situação no país é um exemplo claro do processo de autocratização pela via eleitoral, onde a democracia é corroída em prol de um regime autoritário.