As diferenças entre o boxe olímpico e profissional: preparação, regras e atitude dos juízes

As diferenças entre o boxe olímpico e profissional são muitas e impactam diretamente a preparação e o desempenho dos lutadores. Desde o tamanho das luvas até a quantidade de rounds, passando pela pesagem dos atletas e a cadência do combate, cada detalhe faz com que sejam considerados “dois esportes diferentes”.

Enquanto no boxe profissional os lutadores pesam 24 ou 36 horas antes do combate, no olímpico eles sobem na balança apenas quatro horas antes. Além disso, a quantidade de categorias de peso também varia, com 17 no profissional e sete no masculino e seis no feminino no olímpico.

O número de rounds também é distinto, com apenas três rounds de três minutos nos Jogos Olímpicos, enquanto no profissional os duelos podem ter de 4 a 12 assaltos. Isso muda completamente a preparação física, técnica e tática dos lutadores.

No boxe olímpico, a intensidade é grande devido ao ritmo acelerado dos combates. Com poucos minutos de disputa, os boxeadores precisam impressionar os jurados com muitos golpes, o que pode levar a erros e ineficácia. A pontuação dos jurados é semelhante ao profissional, mas a porcentagem de nocautes é menor.

A participação de lutadores profissionais nos Jogos Olímpicos foi permitida a partir do Rio-2016, mas poucos atletas optam por competir devido a rivalidades entre organizações e proibições de empresários. Outra diferença é a ausência de protetor de cabeça no boxe olímpico masculino, enquanto as mulheres ainda utilizam.

O uniforme e as luvas são padronizados nas Olimpíadas, com um atleta usando azul e outro vermelho em homenagem à França. Já no boxe profissional, os pugilistas podem usar calções diferenciados e negociar parcerias com marcas de luvas.