Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, bloqueia acesso a sites de notícias independentes às vésperas das eleições

A cinco dias das eleições na Venezuela, o presidente Nicolás Maduro tomou uma medida drástica que está gerando preocupação e críticas. Segundo denúncias de uma organização não governamental e do sindicato da imprensa, o acesso a sites de notícias independentes foi bloqueado pelas principais operadoras de internet estatais e privadas do país.

Os sites afetados incluem importantes veículos de comunicação como Tal Cual, El Estímulo, Runrunes, Analítico e Mediaanálisis, além do site da organização E Sin Filtro, que monitora a censura na internet. A ordem teria partido da Conatel, a Comissão Nacional de Telecomunicações, e os sites estão bloqueados para IPs na Venezuela.

Entre os sites bloqueados, estão pelo menos três que checam notícias falsas, como Espaja.com, Cazadores de Fake News e Observatorio Venezolano de Fake News. Com essas restrições, o número de meios de comunicação bloqueados no país ultrapassa 60, segundo o VE Sin Filtro.

Essa ação de Maduro levanta preocupações sobre a liberdade de imprensa e o acesso à informação no país. O chefe de direitos humanos da ONU expressou preocupação com o aumento de bloqueios de sites na Venezuela, pedindo transparência e inclusão nos processos eleitorais.

Enquanto as eleições presidenciais se aproximam, Maduro tem intensificado suas ações contra a oposição. Institutos de pesquisa apontam que o principal adversário do ditador, o diplomata Edmundo González, lidera as intenções de voto. A oposição criticou o bloqueio, afirmando que é uma medida desesperada de quem se vê perdido.

Essa atitude de censura por parte do governo venezuelano levanta questionamentos sobre a democracia e a liberdade de expressão no país. A população venezuelana enfrenta desafios cada vez maiores para acessar informações e formar sua opinião de maneira livre e democrática.