Eleição antecipada na França: partidos correm para se preparar e sobreviver
A eleição antecipada convocada pelo presidente Emmanuel Macron após a derrota de sua aliança centrista para o RN no Parlamento Europeu está causando um verdadeiro rebuliço na política francesa. Os partidos estão correndo para apresentar candidatos, preparar plataformas e tentar sobreviver nesse cenário de incertezas.
Para o RN, a missão é transformar sua popularidade em uma vitória doméstica e convencer os eleitores de que pode ser confiável para governar, algo que não acontece há décadas. “Todo o trabalho realizado por Marine Le Pen nos últimos anos nos transformou em um partido que pode estar no governo”, afirmou Laurent Jacobelli, parlamentar do RN, à Reuters.
O partido está trabalhando arduamente em um plano chamado ‘Matignon’, em referência à residência oficial do primeiro-ministro. Uma parte importante desse plano é a apresentação de candidatos para todos os 577 distritos eleitorais da França. De acordo com Jacobelli, dezenas desses candidatos virão das fileiras do partido conservador Os Republicanos (LR), que está passando por uma crise interna após o pedido de aliança com o RN feito por seu líder, Eric Ciotti, resultando em sua expulsão do partido.
No entanto, fontes do LR questionam se Ciotti conseguirá realmente trazer tantos candidatos do partido com ele. O cenário político francês está mais agitado do que nunca, com os partidos lutando por espaço e poder em meio a essa eleição antecipada que promete mudar o rumo da política no país.